Esta semana o Filho com DNA Alienígena chegou em casa todo contente. Havia aprendido e apreendido uma nova letra.
Apreendido, porque segundo ele, a letra pertence a ele. Ele aprendeu!
Há algum tempo, ele profetiza que, neste ano, aprenderá a ler. Não duvidamos, pois quando foi para largar as fraldas, a mamadeira e a chupeta, foi a mesma coisa, ele estabeleceu um prazo e o cumpriu.
O mais interessante foi a explicação sobre a letra. Porque ele queria me dizer qual era, mas não lembrava o nome. Depois de desenhá-la no ar com o dedo umas mil vezes para que eu adivinhasse, deciframos o enigma.
Depois de algum tempo e muita paciência, dos dois lados, acabei percebendo que a nova letrinha era o Q. Ainda fui chamada de antinha pela demora em acertar.
Quando a descoberta finalmente aconteceu, falei toda animada:
"- Que legal, filho! Q de ...."
E ele sem paciência respondeu:
" - Queijo, né mãe!" Já decepcionado com minha lerdeza.
" - Legal, o que mais? Q de ..."
" - Q de Pé de moleque!"
Suspense.
"- PÉ DE MOLEQUE... COMO ASSIM??"
Ele já fazendo cara de bravo:
"- Ora Mãe, Q de Pé de Moleque!"
Só ouvia uma voz gritando dentro da minha cabeça; Pensa rápido Cintia!!! Pensa rápido!!!
" - Ah, tá. Pé de moleque. É verdade! Tem um Q no moleQue."
"- Tô falando que a mãe está lerdinha hoje!"
Já estou acreditando que quem precisa se alfabetizar sou eu.
Cintia Branco

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