Só percebemos que estamos ficando velhos quando algumas expressões perdem o sentido. É claro que quando achamos que estamos começando a ficar, significa que já estamos há muito tempo, mas isso é uma outra conversa.
Não me imagino mais falando:
"Bah, tri legal!"
Ou,
"Tremi nas bases!"
Não sei, não combina mais.
O mais cômico disso tudo é ter um filho que começa a ingressar no mundo das gírias, como está acontecendo com o Filho com DNA Alienígena. É comum ouvir aqui em casa:
"Que master cara!"
Esses dias presenciei um diálogo dele com o pai. Abre-parênteses- O Mestre Branco e azul acompanha tudo, não sei como... fecha-parênteses.
" E daí, servi um cafezinho para ele, pai!"
Na mesma hora entrei em pânico:
"COMO ASSIM? Meu filho, porque você estava mexendo no café? Vai se queimar moleque. E já falei que não quero você bebendo café, porque senão não dorme."
É claro que o tema da conversa não era esse. Depois de quase enfartar descobri que "servir um cafezinho" é o mesmo que "dar uns tapas". Então tá...
Acho que é por isso que em algum determinado momento perde-se o diálogo com os filhos. Não é adolescência, nem rebeldia. Nada disso, é que ninguém mais se entende mesmo. Chega uma hora que é impossível manter a paciência, de ambos os lados, um porque não entende a necessidade em usar uma linguagem alternativa, o outro por pensar que ninguém o entende, mesmo quando está falando o óbvio.
Quando chegar nessa fase, vou propor para o Filho com DNA Alienígena que nossas conversas sejam escritas e que ao final de cada texto tenha um vocabulário. Quem sabe assim funcione.
P.S.1: Espero que quando isso acontecer, o Filho com DNA Alienígena já esteja alfabetizado.
P.S.2: Preciso descobrir o que o Mestre Branco e azul faz para se manter atualizado no mundo das gírias.
Cintia Branco

1 comentários:
essa eu não conhecia!!!! Hj mesmo vi uma reportagem que vão colocar algumas palavras como popozudas, preparadas, entre outras que não lembro mais, no Dicionário... é mole????
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